Intermezzo
Augusta Schimidt

Fogem aves pelo céu cinzento
Meus versos fluem tristes
Como o badalar do sino de um convento

Vejo a vida passar por um momento
E em pensamento evoco a luz das estrelas
Para que iluminem meu caminhar
E que nessa estrada eu possa
Encontrar a paz que procuro

Segredos...
Mistérios...
Homens insensíveis
Destruição
É preciso expulsar o que destrói
Mesmo que seja na imaginação

É preciso sonhar
Sonhar para viver
Ter saudades
Para voltar a crer

É preciso olhar o sol ao entardecer
É preciso sentir...
Amar...

Amar o amor
A dor
O carinho
O espinho

Sentir a grama
A lama
O mel
O fel
Olhar o céu e entender

Entender que a vida é
Um conjunto de sabores
Cores e odores
E saber que tudo tem o seu momento
E acreditar que viver valeu a pena.

Campinas, 15/10/06

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